Durante décadas houve um vazio no mercado português no que respeita a revistas dedicadas ao cinema. Como apreciadora da sétima arte que sou, de vez em quando comprava a inglesa Empire ou a americana Premiere. Há cerca de 10 anos foi lançada a versão nacional da Premiere. Mas entretanto surgiram problemas e a Premiere chegou ao fim. Felizmente, ao fim de três anos (se não estou em erro) a Premiere regressou às bancas, muito pela força de vontade e persistência de quem liderou e acreditou na revista. Dada a ausência de revistas do género foi durante anos "a única revista portuguesa sobre cinema".
E eis-nos em Abril de 2011. No mesmo mês são lançadas as edições portuguesas das revistas Total Film e Empire, o que significa que a outrora sozinha Premiere tem agora 2 concorrentes. É como se costuma dizer "não há fome que não dê em fartura". Para quem gosta de cinema isto pode ser uma boa novidade , quer pela possibilidade de escolha, quer pelo factor qualidade que cada uma destas publicações vai querer oferecer aos leitores. Mas Abril de 2011 também coincide com a chegada do FMI ao nosso país e sabemos que os tempos que aí vêm não vão ser fáceis. É de louvar a inciativa e - porque não? - a coragem mas será que nos dias que correm haverá mercado para três revistas de cinema?


