Observações sobre tudo e sobre coisa nenhuma
14.12.09

O Natal está a chegar. Ou melhor, tem vindo a chegar desde meados de Outubro ou coisa parecida. Cada vez começa mais cedo, qualquer dia começamos a ver enfeites em Agosto. Enfim...o Natal está à porta e é daquelas épocas do ano que me fazem ter sentimentos contraditórios. Se por um lado há uma parte de mim feliz pela época, pelas cores, pelos enfeites, pela iluminação nas ruas, por outro, há uma parte de mim que lamenta que não seja possível a todos terem o mesmo conforto e carinho nesta quadra. Acho que no Natal a solidão e as desiguladades sociais custam um bocadinho mais.

A publicidade dirigida aos miúdos é excessiva e custa-me pensar que tanta criança mal terá um singelo brinquedo, com tantas outras a exigir PSP's WII's e outros brinquedos "simples e muito em conta" Não acho mal que quem pode ter mais, tenha algo melhor, não acho é que seja preciso ter tudo de uma vez. Não tenho filhos, talvez por isso me seja mais fácil julgar, mas como se costuma dizer "o que é demais, não presta". Tal como no post anterior, o excesso acaba por fazer com que não se valorizem as coisas. Ontem,  numa reportagem do Telejornal, a propósito deste assunto, uma mãe dizia inteligentemente que não se pode dar tudo o que eles querem, para que continuem a desejar e a sonhar com o Natal.

 

 

música: So this is Christmas (John Lennon)
sinto-me: com sentimentos mistos
link do postPor costela de adão, às 22:39  para dizerem algo

De S a 14 de Dezembro de 2009 às 23:29
A minha família sempre passou por muitas dificuldades por causa do meu pai e da sua irresponsabilidade e bom e num natal quando eu tinha para aí uns 8/9anos eu tinha e tenho uma amiga (somos amigas de berço), que sempre tinha tudo o que queria e na altura andavam a passar na televisão a publicidade da Mansão da Barbie, eu sonhova com ela, mas como era óbvio sabia que a minha mãe nunca teria dinheiro para dar, essa minha amiga recebeu-a do "pai natal" e durante pouco tempo até brincava, mas depois cansou-se e queria algo diferente, isto por estar sempre habituada a ter tudo, mas também passou mais tarde por algo que ninguém merece. No fundo que adiante termos tudo e não darmos valor?

De costela de adão a 15 de Dezembro de 2009 às 21:15
Pois muitas vezes quer-se muito ter algo, mas depois de se ter, perde a graça. É estranho. O desejo de ter as coisas move as pessoas, mas depois de conseguidas, quase são desprezadas. O ser humano (alguns) é um bicho estranho.

De S a 16 de Dezembro de 2009 às 17:12
Pois, eu o fascto de ter sido privada sempre de muitas coisas, devido as dificuldades, dei sempre mais valor ás coisas, sempre soube que 1 euro não é apenas 1 euro...

De costela de adão a 16 de Dezembro de 2009 às 20:10
Muitas vezes é assim. Quem tem menos valoriza mais aquilo que muitos consideram pouco, e quem tem muito não valoriza nada por muito que seja...

De S a 17 de Dezembro de 2009 às 00:12
Exactamente...

De Marafadinha a 15 de Dezembro de 2009 às 08:14
So this is Christmas...
EU fico eufórica com o NAtal, adoro e não há volta a dar. Este ano, não sei se pelos últimos acontecimentos ou pela maturidade, sinto que há algo diferente.
Também penso nas questões que levantas, cada vez mais, mas é complicado alterar realidades sociais e mentalidades consumistas.

**

De costela de adão a 15 de Dezembro de 2009 às 21:18
Eu sei que és uma fã à séria do Natal. Eu também gosto deta época, mas depois há aquele lado menos feliz. Mas é como dizes, não se consegue alterar a realidade de um país, do mundo num estalar de dedos. Se fosse assim, seria tudo mais fácil e feliz.

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