Quando eu fôr crescidinha, quero ir viver para o estrangeiro. Depois, quero candidatar-me a um lugar de deputada em Portugal por um partido português. E na altura de me inscrever para as listas dou como residência uma morada de um lugarito algures em Portugal. E consigo ganhar o meu lugar. Mas não me mudo para Portugal, porque eu resido no estrangeiro, que é mais fino e civilizado. E depois quero ir a casa ao fim de semana, que é no estrangeiro e é lá que está a minha vida, apesar de eu ter dado uma morada portuguesa para me poder sentar na Assembleia da República em Portugal. E por isso quero que me paguem as despesas de deslocação, como aliás está previsto acontecer com os deslocados. E o país está em crise, mas eu não prescindo que me paguem as viagens, nem admito ir em classe turística. E depois, depois (são 2 de propósito) de tanto rebuliço e bruáá que isto causou, quando finalmente se decidirem por me pagarem as viagens, eu abdico disso porque não quero que os outros partidos façam propostas de alteração à lei para impedir estes abusos no futuro, usando o meu caso como exemplo, porque não estou para ser arma da oposição. E pronto, será mais ou menos assim.
A esquerda das alcatifas é uma coisa tããão gira, sei lá!
