Observações sobre tudo e sobre coisa nenhuma
29.7.10

Parece que quem não está no Facebook não existe. Ora eu não estou e neste momento em que escrevo estas linhas, confirmo que existo.  Nada contra quem está, mas virem dizer-me que estou off só porque não quero ligar-me a 300 mil desconhecidos a que chamo "amigos", nem ter uma horta virtual (se soubessem o trabalho duro que é a vida no campo, logo se acabava o entusiasmo) ou dar a conhecer todo o pormenor da minha vidinha, façam-me o favor, sim?

Em tempos também entrei na onda do hi5, esse dinossauro das redes sociais, mas depressa me aborreci daquilo. Pior que a quase obrigação de ter FB para ser alguém neste mundo (os padrões são cada vez mais rasteirinhos) é o achar-se que toda a gente tem. Há por aí campanhas de publicidade com promoções mas para aceder às mesmas é através do FB. Nem toda a gente tem computador e nem todos têm internet. Então, porquê vedar o acesso às pessoas? Antigamente para tentar a sorte num concurso de tv era mandar o belo do postalinho ou cupão publicado numa revista (pronto, nesses tempos obrigavam à compra da revista) e esperar que fossem sorteados. Agora é por email. E eu pergunto: quem não tem computador/internet não tem o mesmo direito de participar num passatempo? Que raio de forma absurda de exclusão é esta? Ou será mania da grandeza? Já não bastam todas as outras formas de preconceito e segregação existentes na nossa sociedade?

Afinal, tanto Descartes como António Damásio estavam errados. Pelos padrões actuais a máxima é «estou no facebook, logo, existo»

Como diz uma amiga minha: «se isto não fosse trágico/dramático/idiota até sería cómico»

 

sinto-me:
link do postPor costela de adão, às 17:58  para dizerem algo

De lápis e muita borracha a 30 de Julho de 2010 às 12:46
É bem verdade, uma pessoa vê-se quase obrigada a pertencer a todas essas redes sociais, e a subscrever todas as newsletters.
Também já tive hi5 e myspace, e mais umas tantas, cheguei a um ponto em que na minha caixa de e-mail recebia mais publicidade do que e-mails de pessoas (reais).
Comecei a minimizar, desisti de quase todas, agora apenas frequento o FB, que chega e sobra para o que preciso... E será que PRECISO mesmo?

De costela de adão a 30 de Julho de 2010 às 15:55
De uma forma ligeira não vejo problema, o que me incomoda é a demasiada importância que se dá a estas novas formas de comunicar. Volta sempre.

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