O Natal está a chegar. Ou melhor, tem vindo a chegar desde meados de Outubro ou coisa parecida. Cada vez começa mais cedo, qualquer dia começamos a ver enfeites em Agosto. Enfim...o Natal está à porta e é daquelas épocas do ano que me fazem ter sentimentos contraditórios. Se por um lado há uma parte de mim feliz pela época, pelas cores, pelos enfeites, pela iluminação nas ruas, por outro, há uma parte de mim que lamenta que não seja possível a todos terem o mesmo conforto e carinho nesta quadra. Acho que no Natal a solidão e as desiguladades sociais custam um bocadinho mais.
A publicidade dirigida aos miúdos é excessiva e custa-me pensar que tanta criança mal terá um singelo brinquedo, com tantas outras a exigir PSP's WII's e outros brinquedos "simples e muito em conta". Não acho mal que quem pode ter mais, tenha algo melhor, não acho é que seja preciso ter tudo de uma vez. Não tenho filhos, talvez por isso me seja mais fácil julgar, mas como se costuma dizer "o que é demais, não presta". Tal como no post anterior, o excesso acaba por fazer com que não se valorizem as coisas. Ontem, numa reportagem do Telejornal, a propósito deste assunto, uma mãe dizia inteligentemente que não se pode dar tudo o que eles querem, para que continuem a desejar e a sonhar com o Natal.